quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Era uma vez, não era uma vez uma história que são muitas...


Em fevereiro de 2005 iniciamos nova etapa de exploração do universo fantástico, dessa vez nos embrenhando pelos contos de fadas para buscar boas histórias para contar pras crianças.
O quarteto fantástico dessa empreitada era formado por mim (Helô), Dani, Michel e Robson. Para a montagem do espetáculo Era uma vez, não era uma vez..., tivemos financiamento do FUMPROARTE da Prefeitura de Porto Alegre.

Durante oito meses, lemos e contamos muitas histórias, improvisamos muito, (re) aprendemos a brincar pra poder estar à altura do interesse das crianças. Mergulhamos nas históras das nossas infâncias, e nas que hoje contamos para os nossos filhos. Enfim, no que tínhamos de mais precioso para compartilhar. O Élcio foi o nosso inventor de brinquedos, sempre trazendo surpresas pra gente se divertir: uma cabana mágica, monstros de entrar dentro, carros-carruagens e toda a sorte de objetos os mais esquisitos possíveis (bem como a gente queria!). Mateus e Maurício vieram em seguida atendendo nossos pedidos nada convencionais: "a gente precisa de um vento que carregue tudo pela sala e que transforme o espaço; de barulhos de monstros; de uma caixinha de música para uma história de princesas..." Trouxeram toques de crianças mais modernas do que éramos, com sons de vídeo-game (que eu sou do tempo do Atari...) pro duelo dos príncipes e algo tipo "Missão impossível" pra busca do Príncipe Confuso pela Princesa-árvore.

A dramaturgia do espetáculo foi-se desenhando a partir dessas muitas vozes, dos muitos corpos-trajetórias colocados em jogo ao longo do processo. Surgiram montros, seres fantásticos, bruxas, príncipes e princesas, e a história da Princesa que esperava se impôs como fio narrativo principal. Contada e recontada, a história apresenta muitas possibilidades de desfecho, e um espaço contínuo para o jogo entre os bailarinos e com as crianças.

Em outubro de 2005 fizemos nossa pré-estréia, dentro do Projeto Dança de Domingo da SMC (PMPA). Em seguida a Sala Álvaro Moreyra nos acolheu por um mês e, numa das apresentações, tivemos o prazer de receber como convidadas crianças do projeto educacional da Casa Madre Giovana. Depois, passamos dois finais de semana na Sala 309 da Usina do Gasômetro. Agora, no próximo sábado, 4 de agosto, é a nossa vez de visitar a Casa Madre Giovana, no Campo da Tuca, apresentando o trabalho para outras crianças de lá.

Depois de quase dois anos desde sua estréia, Era uma vez, não era uma vez... segue sendo um espaço para que histórias sejam contadas-dançadas, reinventadas a cada performance, sempre colocando em primeiro plano o jogo entre os bailarinos-contadores e a audiência.

De onde viemos e para onde vamos? ou a Gênese.


Buenas gente,


Viemos (eu na verdade cheguei um pouco mais tarde) desde um trabalho do Nando Messias e da Helô, época em que eu (Dani Boff) nem imaginava em virar Purê; creio que nos idos de 98/99.

Depois veio o Dois (fotos) no ano de 2002, com o financiamento do Fumproarte, daí veio o então ultimo trabalho do Purê. Este também com financiamento da "prefa". Parece que estamos ficando craques nisso, ou pelo menos buscando uma alternativa que possibilite uma atividade cultural nesta cidade. AH! que cidade. (às vezes "zinha")

O Purê incial começou com a Helô e o Nando, depois se "aprochegaram" (palavra que não existe no dicionário, ah se um gaúcho o tivesse organizado!) Tati Rosa (essa a gente tá tentando manter bem juntinha), Euzinha, Silvia Wolf, Robson Duarte.... hummmm acho que falei de todos que estiveram nesses anos.