quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Conceituando a "lindura"

Não, não .... não se trata de um adjetivo de cunho estético.
Se trata da maneira como esse projeto se coloca no cotidiano.
Como ele toca as pessoas, o ambiente, o cotidiano, como gera abraços inesperados, e o quanto ele toca quem o está fazendo.
Muito mais do que se colocar em superioridade às outras pessoas, se trata mais de ter uma atitude generosa diante de situações em que teriamos dado uma "cuspida na cara".
É muito mais criar um ambiente de dança; diferente daquele que temos, criando espaços de inserção de projetos que entendem de outra forma a criação em dança e a relação de colaboração.
(Pois o ambiente vigente se torna por vezes difícil, difícil de entender por onde se dá a inserção destes projetos neste ambiente)
É como se tivessemos mudado a estação, já que discutir o tão discutido problema da dança em porto alegre e bláblábláblá não nos interessa porque não cria o ambiente em si, resolvemos pensar com generosidade nesta cidade (poderiamos apenas ter ido embora), e criamos um outro ambiente. Parafraseando o pessoal da capoeira, estamos correndo por fora.
Cansamos de esperar e resolvemos ABRAÇAR essa causa.
E é por aí que entra o conceito de lindura.
Não somos lindos numa atitude segregacionista, tipo somos lindos e mais ninguém. Ah! e é sempre bom lembrar que como o Tom Zé não nos levamos tão a sério, e temos sempre alguma coisa que questionar em tudo!!!!!!
heheheheeheheheheheheheheheheheheheheheheheheehhe

E segue a linda viagem pelo mundo do corpo..........
D.

Resumindo... "ser linda", assim mesmo no feminino e porque não? guris podem e devem se sentir incluídos no conceito (afinal há quanto tempo nós mulheres trabalhamos duramente para nos sentirmos incluídas em generalizações que são sempre no masculino né... Só pra lembrar, Histórias do Corpo, projeto do qual fazem parte as Pequenas Ações Terroristas, é um trabalho feminino)... Retomando o que era pra ser um resumo, então (mas sempre que começo a falar se abrem tantas e tantas portas...), "ser linda" é não se levar tão a sério, é pôr em questão tudo o que se acha sério demais e com razão demais e apegado a certezas demais...
Gosto também da idéia de generosidade, como abertura pro diferente, pro desconhecido, abertura só...
só... e já é um tanto de coisas...

retomando a paráfrase da dani, que retomou a idéia do pessoal da capoeira angola, tem que correr por dentro e por fora mesmo...
essa arte é de uma lindura só...

Pra mim é isso...
Quem tem outra idéia?
H.

Um comentário:

Paulo disse...

Helô e Dani, tudo bem?

Muito interessante a iniciativa do grupo em ocupar espaços anônimos que atraem olhares furtivos. Considero uma prosta corajosa, visto que a rua nos oferece riscos e surpresas. A rua é "perigosa"! Ela nos provoca medos e ao mesmo tempo é uma possibilidade de resgatar a liberdade renegada, quando nos acostumamos a viver dentro do espaço privado.
Propostas como estas é que contribuem para a formação da diversidade na dança. E que seja bem vinda a diversidade, não acham?

Paulo Guimarães "Laco"